domingo, 24 de agosto de 2008

História

No século XVIII, a chegada da noticia que no interior brasileiro, tinha ouro em abundância, desencadeou uma verdadeira corrida para os sertões brasileiros, onde famílias oriundas de Portugal, sonhando com as riquezas de terras inexploradas e com a esperança de encontrar o minério, que as levariam a aumentar o seu patrimônio material, além de aumentar o seu prestigio pessoal com a corte portuguesa.
A busca do metal precioso, nas ribanceiras do
Rio Salgado, trouxe para a região do Sertão do Cariri, a colonização. Em conseqüência, a doação de sesmarias, o que permitiu o surgimento de lugarejos e vilas. As sesmarias, que hoje formam Assaré, foram doadas aos irmãos: José Alves Feitosa e Lourenço Alves Feitosa, que já detinham a concessão das sesmarias dos Sertões dos Inhamuns.
Dentro das obrigações das sesmarias era tornar as terras produtivas, o que não aconteceu, pois os irmãos Feitosa usavam as terras da ribeira do Salgado, para refugiar–se da luta armada, que os Feitosa tinham com a família Monte de
Icó, que acabou com a quase dizimação, dessa última. Por causa dessa luta armada, e quase renda dessa ribeira, para a Corte, os irmãos Feitosa perderam a concessão, entretanto vende por quatro centos mil réis, a Alexandre da Silva Pereira, filho de Manoel da Silva Pereira. Homem trabalhador, franco e agradável, que com essas características, tornou-se conhecido e respeitado. O que transformou o Assaré, em entreposto comercial, entre o Cariri e os Inhamuns.
Alexandre aproveitou as vantagens de ser um entreposto comercial, trazendo para a fazenda um mestre de leitura, reza e latim. Nessa escola lecionou José Serafim, que usava a palmatória, pois o professor era afilhado e discípulos do reverendíssimo Serafim da Penha. Visando promover o povoamento, fez Alexandre doar terras em torno da fazenda a parentes, compadres e estranhos, com o intuito de trazer desenvolvimento e com a visão futurista de tornar o Assaré, uma freguesia.
Em 1 de agosto de 1838 passou a freguesia, entretanto, a sede coube a santana do Brejo Grande, hoje Santana do Cariri. No ano de 1842, Assaré é elevado a distrito de Paz, sendo nomeado juiz, o capitão Antonio Gonçalves de Alencar Tamiarana. E no mesmo ano, começou a construção da igreja matriz. Em 4 de dezembro de 1850, o sonho de Alexandre da Silva Pereira torna – se realidade, Assaré passa a ser sede da freguesia, sob a lei provincial de nº. 520, sendo seu primeiro vigário o Padre José Tavares Pereira. A emancipação política de saboeiro, aconteceu no dia 19 de julho de 1865, pela resolução a Lei Provincial de nº. 1.152, que elevou à Vila a povoação de Assaré, porém so foi instalada em 11 de janeiro de 1869. E somente em 1873 a Lei de nº. 1.787 de 28 de dezembro, Assaré passa a sede de comarca e teve seu 1º Juiz, o Dr. Souza Lima. Assaré, só passa a ser cidade, em 20 de dezembro de 1938 por força do decreto Lei nº. 448/1938.
Hoje, o Assaré conta com uma população de 20.882 habitantes, segundo o último censo, sendo 9.428 residentes na zona urbana e 11.454 residentes na zona rural, tem três distritos: Sede, Amaro e Aratama; se limita com os seguintes municípios: ao Norte: Antonina do Norte e Tarrafas; ao Sul: Potengi e Santana do Cariri; ao Leste: Altaneira e Farias Brito e à Oeste: Campos Sales.

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